Romance

O gênero romance surge a partir das publicações denominadas folhetim, no século XIX, na França. Segundo os historiadores, esse gênero de texto teria iniciado na Inglaterra e França, porém é na França que ganha contornos de verdadeiro gênero de texto.
Esse tipo de gênero se concretizou-se no Brasil e Portugal por volta de 1850 e 60. Foi um tipo de texto criado para entretenimento da burguesia e tinha, sim, fins comerciais. Os autores queriam retorno financeiro pelo que escreviam. Por isso, naquela época, foi recusado por ser considerado de baixa qualidade.

A princípio, essas obras eram de baixo custo ou lidas nas próprias bibliotecas. Por isso, naquela época, foi recusado de início por ser considerado de baixa qualidade. O romance é um gênero textual com histórias longas e complexas. A trama no romance é tão elaborada com os personagens que permite que o leitor se envolva mais na história pois conhece particularidades deles. Os detalhes de experiências amorosas, individuais e sentimentais atraíam cada vez mais o público feminino.

No Brasil, destacam-se entre os primeiros romancistas: Gonçalves de Magalhaes, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, Castro Alves, José de Alencar, Machado de Assis, Manuel Antônio de Almeida, Lima Barreto e Joaquim Manuel de Macedo, que, dentre outros, tiveram suas obras publicadas em folhetins para depois serem editadas em livros.

nota:
Os folhetins eram publicações diárias em jornais na forma de capítulos. Essas publicações vinham a favorecer tanto a empresa (o jornal) quanto o escritor, ambos aumentavam suas vendas. O leitor/púbico dessa literatura eram, principalmente, mulheres, comerciantes, estudantes, funcionários públicos, militares. O folhetim desaparece no século XX e, a partir daí, toma lugar o romance propriamente dito como instrumento de cultura brasileira. Destacando-se entre os primeiros na prosa: José de Alencar, Basílio da Gama, Santa Rita Durão.