Pergunta:
"Bem-vindos a/à Ferraz de Vasconcelos". Com crase ou sem crase?
Resposta:
"Bem-vindos a Ferraz de Vasconcelos" (= sem crase)
nota1:
Chama-se crase a fusão de dois 'as': 'a' preposição + 'a' artigo (a+a = à). Portanto, para que haja crase, é preciso haver na frase uma preposição (a) e a presença (explítica ou não) de um artigo feminino (a).
Há cidades, países e lugares com nomes masculinos; outros, femininos e outros, neutros.
«Bem-vindos à Alemanha.»
«Bem-vindos à França.»
«Bem-vindos a Roma.»
«Bem-vindos a Ferraz de Vasconcelos.»
Se houver dúvida sobre o uso da crase, há uma boa 'dica':
Imagine que você esteja no local: se couber na frase a preposição em não haverá crase; se tiver que usar na, ou seja, 'em'+ 'a', haverá crase. Exemplo:
«Estou em Ferraz de Vasconcelos.» Vou a Ferraz de Vasconcelos. (sem crase).
«Estou na França.»«Vou à França.»
Outros exemplos:
«Vou a Paris.» (Estou em Paris)
«Vou à Grécia.» (Estou na Grécia)
«Vou à Irlanda.» (Estou na Irlanda)
nota2:
Lugares com nomes neutros, como 'Roma', se houver uma especificação junto a eles, pode ocorrer a crase:
«Vou à Roma dos Césares.»
Mas, cuidado com nomes masculinos, mesmo especificados:
«Vou a Recife do frevo.» Mesmo especificado, o nome não é acompanhado de crase, pois é masculino.
Se a palavra estiver especificada, é referenciada com crase:
« Sábado, fui à casa de Roberta.» (subtende-se que haja um artigo antes da palavra feminina 'casa' = estou na casa de Roberta ).