(Texto para estudo sobre constituição de parágrafos em textos dissertativos)
Partida a frio
Informação é um direito básico do consumidor. Num mundo acossado pela poluição do ar e pelo agravamento do efeito estufa, contudo, o comprador brasileiro ainda depende de testes por publicações especializadas para orientar-se sobre o consumo de combustível nos modelos de automóveis. Em abril de 2009, isso começará a mudar.
A partir dessa data chegarão às concessionárias os primeiros veículos com etiquetas indicativas do nível de consumo, semelhantes às que existem em aparelhos domésticos, como geladeiras e fogões. São rótulos de leitura simples, que indicam por letras e barras coloridas o grau de eficiência do produto no dispêndio de eletricidade (etiqueta Procel) ou de gás (etiqueta Conpet).
A iniciativa faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem, iniciado há mais de duas décadas. O processo envolve fixação de níveis mínimos de eficiência e um selo de aprovação para produtos mais econômicos.
Desde sua origem o programa opera com a metodologia de adesão voluntária das empresas, em geral por intermédio de convênios entre agremiações setoriais e órgãos de governo como o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). O procedimento se mostrou eficaz, como se depreende da generalização das etiquetas no comércio. Com os automóveis ocorrerá o mesmo.
Testes padronizados já foram estipulados pelo Inmetro. As montadoras que decidirem participar têm até março para apresentar as informações. Prevê-se que em três anos 100% dos veículos estarão etiquetados.
Cabe, no entanto, uma reflexão: se a inclinação de fabricantes é aderir à transparência, cedo ou tarde, é de se perguntar por que a etiquetagem não poderia ser obrigatória desde a partida. Decerto isso anteciparia os efeitos benéficos da medida.
Fonte: Disponível em http://www.folha.uol.com.br/ Acesso em: 05 out. 2008. Editoriais. {: cite=recuo.lpeu}
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